ETAPAS
DE UMA ANÁLISE ESTRUTURADA
Uma análise
estruturada tem por objetivo definir os pré-requisitos necessários
ao desenvolvimento de uma sistema computacional, bem como a
documentação necessária para a sua implementação e implantação
por meio de linguagens de programação que utilizam uma lógica
estruturada, caracterizada pelo método top-down(de cima
para baixo), ou seja, criação de programas ou módulos que obedecem
a um ordenado processo de raciocínio, no qual o código de
programação é completado de forma segmentada para que uma
determinada tarefa possa ser executada pelo computador,
diferentemente de linguagens de programação que utilizam uma lógica
orientada a objetos, na qual a programação é completada por meio
de classes e métodos pré-definidos que são organizados pelo
programador resultando em um programa.
Afim de padronizar e
organizar o desenvolvimento de sistemas, muitas literaturas dividem a
análise estruturada nas seguintes etapas:
Necessidades
do Usuário;
Concepção
do Sistema;
Estudo de
Viabilidades;
Projeto
Lógico;
Projeto
Físico;
Implantação;
Manutenção.
NECESSIDADES DO
USUÁRIO
Esta etapa consiste
basicamente em um levantamento preliminar de dados que irá servir de
base para a modelagem do sistema. Para que este levantamento de dados
pode ser feito na empresa por meio de:
CONCEPÇÃO DO
SISTEMA
De posse do
levantamento de dados, o analista poderá fazer as primeiras
projeções necessárias a modelagem do sistema como:
Definição
de falhas atuais;
Definição
de melhorias;
Definição
das mudanças
Definição
de impactos;
Definição
de entidades;
Definição
de módulos;
Definição
hierárquica (diagrama hierárquico).
ESTUDO DE
VIABILIDADES
Após as primeiras
projeções cabe ao analista realizar estudos e demonstrar a
viabilidade do sistema a curto, médio e longo prazo, destacando
custos e benefícios. Dentre tais estudos destacam-se:
Viabilidade
Técnica: diz respeito aos recursos técnicos disponíveis na
empresa para implantação do sistema, bem como os recursos que
deverão ser adquiridos;
Viabilidade
Econômica: trata do capital necessário e disponível para
investir no sistema e a compensação de tal investimento com enfase
nos benefícios que o sistema trará para compensar os custos;
Viabilidade
Operacional: busca adequar o sistema ao perfil da empresa a fim
de que ele não encontre resistência e possa ser facilmente operado
pelos funcionários.
PROJETO LÓGICO
Uma vez comprovada a
viabilidade de desenvolvimento do sistema, com o devido levantamento
preliminar de dados, é possível a criação de um projeto lógico,
que define a modelagem de dados do sistema por meio de detalhamentos
e diagramas como:
DFD (Diagrama
de Fluxo de Dados);
DER (Diagrama
de Entidade e Relacionamentos);
DD
(Dicionário de Dados).
Fluxogramas
(Estrutura lógica dos programas).
Esta etapa já se
refere a documentação do sistema propriamente dita, pois será
utilizada pelo programador para que possa ser feita a implementação
do sistema.
PROJETO FÍSICO
O projeto físico
está relacionado a implementação do sistema descrito no
projeto lógico. É aqui que se definem as ferramentas necessárias
tanto a nível de hardware quanto a nível de software. No projeto
físico serão definidos elementos como:
Banco de
dados;
Linguagem de
programação;
Servidores;
Softwares
básicos: Sistema Operacional como Windows ou Linux;
Softwares
Utilitários: antivírus, gerenciadores de disco, etc;
Softwares
aplicativos: editores de texto, planilhas, navegadores, etc;
Arquitetura
de hardware e rede.
IMPLANTAÇÃO
Esta etapa refere-se
a instalação do sistema no ambiente empresarial e treinamento de
usuários. Nesta fase, poderá ser verificada necessidade de
correções, ou novas implementações no sistema, pois os usuários
podem identificar inconsistências.
MANUTENÇÃO
Etapa em que se
define um contrato de assistência técnica que busque satisfazer
quem está adquirindo o sistema e quem está fornecendo. Tal contrato
deve contemplar as obrigações, direitos e deveres das partes
envolvidas, bem como cronograma de atendimento detalhando custos
fixos e variáveis.
As etapas aqui
elencadas estão relacionadas ao ciclo de vida útil de um sistema.
Elas podem se repetir a medida em que novas necessidades vão
surgindo, a fim de adequar o sistema as novas demandas de mercado.
ATIVIDADES
1) Qual a
importância do estudo de viabilidade?
2) Qual a diferença
entre projeto lógico e projeto físico?
3) Com base no
exposto, cite eventuais obrigações, direitos e deveres que devem
estar presentes em um contrato de manutenção de sistema.
BIBLIOGRAFIA
PRESSMAN, R. S.
Engenharia de Software (Software Engineering). 7 ed., McGraw
Hill, 2010.
Artigo
redigido em Novembro de 2016
Professor
Roni Márcio Fais
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