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EDUCACAO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MEDIO E FILOSOFIAS EDUCACIONAIS


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EDUCACAO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MEDIO E FILOSOFIAS EDUCACIONAIS

Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO E FILOSOFIAS EDUCACIONAIS

O paradoxo da sobra e falta de jovens qualificados ao mundo do trabalho, reflete situações em que existe carência de profissionais aptos para atuar em determinadas áreas e saturação de mão de obra em outras áreas. A superação desse problema deve começar na escola, onde a preocupação com a qualificação profissional deve estar adjunta a formação básica escolar. Um dos grandes desafios neste prisma é uma adequação curricular que promova uma perfeita integração entre Ensino Profissionalizante e Ensino Médio.

 

Essa integração acontece, a medida em que as instituições de ensino busquem fazer ofertas de cursos profissionalizantes que atendam as expectativas do mundo do trabalho e ao mesmo tempo promovam a formação de cidadãos críticos por meio de uma boa base curricular.

 

Uma questão pertinente a qualificação profissional dos jovens reside na oferta e preparação de docentes especializados para este fim, tanto tecnicamente quanto pedagogicamente. Prova disso, são os programas de formação promovidos em diversos estados brasileiros a professores da rede publica de ensino.

 

Todos esses programas de formação são salutares. Há de se observar, no entanto, que promover uma boa formação continuada aos docentes pode não garantir uma educação de qualidade, se esses mesmos docentes não se sentirem estimulados a permanecer no magistério, por conta de uma política de remuneração que muitas vezes não faz jus a sua formação, pois, assim como ocorre em outras áreas, é natural que um profissional melhor qualificado busque desempenhar atividades que lhe sejam mais lucrativas, com exceção das raras situações onde a permanência no ofício se dá por razões pessoais ou ideológicas.

 

Sendo assim, pode-se concluir que o investimento na formação de docentes pode ser em vão se não estiver acompanhado de uma política salarial justa, em âmbito nacional, considerando que muitos docentes possuem graduação, pós-graduação e até mesmo mestrado e contam com salários inferiores aos de muitas categorias onde é exigido apenas o Ensino Médio.

 

Uma política salarial justa pode instigar profissionais, altamente qualificados, que atuam em outras áreas a ingressar no exercício do magistério e manter os profissionais já devidamente qualificados pelo Estado neste exercício, evitando que se produza um círculo vicioso onde há formação e ao mesmo tempo perda de profissionais qualificados. Com isso, é possível criar novos caminhos para a construção de uma escola que vise formação para o trabalho.

 

Nos caminhos para a construção de uma escola que vise formação para trabalho, se evidência que uma das grandes metas consiste em aproximar as práticas educacionais da realidade presente no mundo do trabalho. Sendo assim, é importante que as filosofias educacionais levem em consideração práticas através das quais existem processos educativos, não apenas as presentes na escola formal, mas também fora dela, sem, no entanto, desvirtuar a essência do magistério na construção do conhecimento.

 

Muitas vezes, no anseio por uma educação de melhor qualidade, as próprias filosofias educacionais podem acabar gerando controvérsias. Dentre tais filosofias postas em prática no cenário atual, está a busca por uma escola que procure se adequar ao aluno e não o contrário disso. Sendo assim, há uma constante preocupação em transformar o processo de aprendizagem em algo que possa ser prazeroso e agradável.

 

No entanto, em se tratando de Educação Profissional integrada ao Ensino Médio, cabe aqui uma reflexão: o mesmos jovens que passaram toda a sua vida em contato com uma escola que buscou, a todo momento, se adequar ao seu jeito de ser, não encontrarão no mundo do trabalho quem se disponha a isso. Fora da escola, eles é que terão que se adequar as normas da sociedade. Desta forma, é válido questionar até que ponto algumas filosofias educacionais estão sendo benéficas a formação dos discentes, até que ponto a escola, no anseio de ser cada vez melhor, consegue de fato ser produtiva e preparar os jovens para a vida. Esse questionamento pode ser uma possível explicação do motivo de estar faltando jovens qualificados ao mundo do trabalho.

 

Na defesa de uma escola que objetive se adequar aos alunos, é muito comum de se encontrar em diversas publicações a retórica de que compete ao professor ser criativo, dinâmico, inovador e cativante, afim de conquistar a atenção de seus alunos. Tal fala faz sentido, se for levado em consideração que em muitas aulas de caráter experimental, onde explora-se a criatividade, a dinâmica de grupo e as inovações são obtidos excelentes resultados. Porém, tal experiência, pode não se mostrar tão virtuosa quando essas aulas deixam de ter um caráter experimental para ter um caráter cotidiano. Ser mediador de conhecimentos de forma criativa, inovadora e cativante esporadicamente é perfeitamente possível, trata-se de uma prática que a muito já é comum em qualquer escola, mesmo antes de começar a ser defendida pelos teóricos. Há de se considerar, no entanto, que existe diferença entre resultados obtidos em aulas experimentais, onde o universo temático é mais restrito, de resultados obtidos na realidade cotidiana de uma escola, onde a cada nova aula se trabalha um novo tema, com um mínimo de tempo para se prepara-los.

 

Contestar a importância de se ter um docente criativo, inovador e dinâmico está fora de questão, pois sem estes a educação jamais sequer teria existido ao longo da história, mesmo em épocas onde as normas eram mais rígidas e severas, mas querer fazer deste docente um artista, talvez, acabe por implicar em uma descaracterização do fim a que a educação essencialmente deva se destinar.

 

É importante refletir se, de repente, uma preocupação exagerada na concentração de esforços para uma educação adaptável ao perfil dos discentes não poderia estar resultando na falta de esforços dos mesmos em querer se integrar ao processo de ensino e aprendizagem. Uma analogia com a escola privada poderia ajudar nisso, pois na maioria delas a preocupação consiste em atender as expectativas dos pais, muitas vezes, em detrimento aos anseios dos alunos. Uma análise de produtividade entre uma e outra poderia delimitar um meio termo para um plano de ação e evitar que algumas responsabilidades fiquem a deriva.

 

Para uma educação mais produtiva, especialmente em se tratando de Ensino Profissionalizante, é preciso assumir novas responsabilidades que promovam uma melhor integração da educação com o mundo do trabalho envolvendo teoria e prática. Assumir novas responsabilidades, no entanto, não compete apenas a escola, é preciso promover medidas capazes de despertar o espírito de participação dos pais, alunos e comunidade na vida escolar, desmistificando a falsa idéia de que educação pública é gratuita, pois ela é fruto do pagamento de impostos. A idéia de gratuidade, muitas vezes impede que a sociedade faça as devidas cobranças por uma educação de mais qualidade, seja na esfera municipal, estadual ou federal.

 

É importante que se tenha em mente que apenas filosofias ou políticas educacionais não são suficientes para fundamentar um ensino majestoso, compete aos profissionais da educação, seja os que atuam diretamente no magistério ou os lotados em cargos administrativos questionar as filosofias e políticas sempre que necessário e apontar novos caminhos por meio da publicação de artigos, criação de sites, blogs e utilização de demais aparatos oferecidos pelas novas tecnologias.

 

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

 

1)                 Melhores salários podem melhorar o perfil profissional de uma determinada categoria? Justifique.

2)                 A implementação de filosofias de trabalho controvertidas na educação podem estar sendo estimuladas por quais fatores?

3)                 Que medidas podem ser tomadas para uma educação de melhor qualidade?

 

Artigo redigido em Outubro de 2009.

 

Autor: PROF. RONI MÁRCIO FAIS
Formação: Bacharel em Ciência da Computação e Especialista em Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Professor de cursos técnicos profissionalizantes do Estado do Paraná.

 

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