REDES DE COMPUTADORES CABO PAR TRANÇADO
Dentre
as formas de se conectar os terminais de uma rede de computadores, uma das que
mais se destaca é a de cabo par trançado, que consiste em quatro pares de fios entrelaçados entre si com polaridade invertida para diminuição de interferências eletromagnéticas, evitando-se que seja gerado, no cabo, uma fonte de captação conhecida como efeito antena. A ampla utilização desta
forma de conexão se deve a diversos fatores como:
- Baixo
custo;
- Segurança;
- Fácil implementação;
- Facilidade
de manutenção;
- Velocidade
de tráfego satisfatória;
Para
melhor compreender a estrutura de um cabo par trançado é importante destacar
algumas terminologias como:
- UTP e
STP;
- Conexão
pino-a-pino e Conexão Cross-over;
- Padrões
T568A e T568B;
- Conectores
e pinagem;
- Categorias
de fios;
- Crimpagem.
Os
cabos par trançado podem ser de dois tipos: UTP (Unshielded Twisted Pair
par trançado sem blindagem) e STP (Shielded Twisted Pair
par trançado com blindagem). Os cabos STP caracterizam-se por revestir os
fios com uma malha blindada que ajuda a diminuir interferências
eletromagnéticas, ideais para ambientes onde existam muitos ruídos.
Cabo UTP
|
Cabo STP
|
|
|
Com relação a conexão, forma como os fios
são ligados aos conectores em suas extremidades, pode ser pino-a-pino ou cross-over. Uma conexão pino-a-pino
é aquela onde são utilizadas as mesmas
combinações de cores nas duas extremidades dos cabos, que é a mais comum,
usada para conectar computadores a um
HUB ou SWITCH, Em uma conexão cross-over existe
uma inversão das cores, usada para conectar diretamente dois computadores ou
um computador a um modem ADSL. A conexão pino-a-pino
não funciona para ligar diretamente dois computadores porque, neste caso, a pinagem de recepção de um computador seria ligada a pinagem de recepção do outro, ocorrendo o
mesmo com a pinagem de transmissão, daí a necessidade
de se fazer extremidades com combinações invertidas (cabo cross-over). Como nos de HUB e SWITCH os sinais são
invertidos, é necessário a mesma combinação nas duas extremidades dos cabos (cabo normal - pino-a-pino).
Na
prática, podem ser feitas diferentes combinações de cores nas duas extremidades
dos cabos, isso, no entanto, acarretaria a criação de um padrão próprio que
poderia dificultar a manutenção da rede no futuro, para evitar esse problema,
existem dois padrões universais amplamente utilizados: o T568A e o T568B.
CABO CROSS-OVER
|
|
Para montar um cabo
normal (pino-a-pino), bastaria utilizar o mesmo
padrão nas duas extremidades.
|
No que diz respeito a conectores
e pinagem, os oito pares de fios de um cabo par
trançado utilizam em suas extremidades um conector chamado RJ-45, cada um com oito pinos que fazem a interface com portas de
diferentes dispositivos como, placas de redes, modem, hub,
etc.
Conector RJ-45
Diferentes
categorias de fios podem ser utilizadas nos cabeamentos
par trançado, elas estão diretamente relacionadas a
velocidade do tráfego em mega bits por
segundos exemplo:
· Categoria 3: até 10 Mbps;
· Categoria 4:
até 16 Mbps;
· Categoria 5: até 100 Mbps;
O
processo de montagem de um cabo par trançado recebe o nome de crimpagem, onde
se utiliza um alicate especial para afixar os quatro pares de fios aos
conectores RJ-45.
Para concluir, é importante destacar que utilizar
padronização universal na montagem de cabos e saber escolher o tipo de cabo
adequado para cada situação, são critérios que melhoram a performance
e facilitam a manutenção em uma rede de computadores.
ATIVIDADES
1) Quais
fatores estimulam a utilização de cabos par trançado
em grande escala?
2) Qual a
diferença entre um cabo UTP e STP?
3) Qual a
razão do entrelaçamento dos fios em um cabo par trançado?
4) Qual
seria o tipo de cabo adequado para uma fábrica com motores barulhentos?
5) Qual a
diferença entre cabos pino-a-pino e cross-over?
6) Qual a
diferença entre os Padrões T568A e T568B e a que eles se destinam?
7) As
diferentes categorias de fios para cabo par trançado estão relacionadas a que?
8) O que é crimpagem?
9) Quais
cuidados devem ser tomados ao se montar um cabo par trançado?
Artigo redigido em Outubro de 2009.
Autor: PROF. RONI MÁRCIO FAIS
Formação: Bacharel em Ciência da Computação e Especialista em
Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Professor de cursos
técnicos profissionalizantes do Estado do Paraná.
Todos os direitos reservados a www.rmfais.com